Ilha do Marajó
Acessível apenas de barco ou avião, e distante aproximadamente 90 km de Belém, a ilha é destino obrigatório para quem busca um roteiro exótico. Afinal, não existem outros lugares no Brasil onde a população de búfalos supere a de gente, nem conjunto maior de ilhas no mundo. O arquipélago é formado por 13 cidades e aproximadamente 3 mil ilhas, sendo a de Marajó a mais famosa e mais vasta (49.602 m²). É uma área que supera, por exemplo, a da Holanda. E além disso, há mato, muito, e para gostos variados. No lado leste da ilha, a planície é coberta de savana; no oeste, densas florestas. É também em Marajó que se pode presenciar a “pororoca”, como é chamada a formação de gigantescas ondas causada pelo encontro de águas fluviais e marítimas. O único contratempo é que, entre os meses de janeiro e maio, época de chuvas intensas, dois terços do território ficam submersos. A compensação vem a cavalo, ou melhor, de búfalo, já que este animal se adapta bem a ambiente alagadiços. Além de usados como meio de transporte no campo e nas cidades, a carne de búfalo também é prato típico da região. O folclore é um roteiro à parte. Nas duas cidades mais populares do arquipélago, Soure e Salvaterra, todos os anos é realizado o festival de quadrilhas e de boi-bumbá, danças típicas. Igualmente colorida é a Festa de Nossa Senhora de Nazaré, esta apenas em Soure, que enfeita as ruas no mês de novembro e envolve toda a população da cidade.
Com cerca de 3 mil ilhas, Marajó é famosa por ser onde acontece a pororoca.
Ourém
“Ouro, hein?” Seria essa a origem do nome da município, segundo diz a lenda: a pergunta foi feita em tom de frustração pelos descobridores da cidade, que dista 182 km de Belém. Se o ouro ali nunca foi achado, não quer dizer que os exploradores pararam de tentar enriquecer. Todos os anos na última semana de julho, a cidade recebe artistas de todo o Brasil para o Festival da Canção, uma maratona de três dias realizada na Concha Acústica, que costuma reunir cerca de 10 mil visitantes. Para dar conta deste batalhão, a cidade conta com seis pousadas, todas na orla. Porém, os adeptos do turismo religioso podem ir tranquilos: fora da época do festival, as outras duas festas anuais que movimentam o município são o Cirino de Nossa Senhora da Conceição, sempre no terceiro domingo de agosto, e as homenagens a São Benedito, oferecidas um dia antes do Natal. Se mesmo assim houver quem não busca agito, nem musical ou religioso, também não é problema. Fora dos períodos de festa, o maior barulho na cidade é feito basicamente pelos sons dos igarapés, ao menos 12, com água cristalina filtrada por jazidas de seixo. Não à toa, Ourém também é conhecida como “o paraíso dos igarapés” e “pérola do Rio Guamá”.
Cidade é conhecida pelo festival da canção e também pelos igarapés.