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A beleza do Japão























Há um clichê pra lá de batido para descrever o Japão: a terra do sol nascente, onde tradições milenares convivem com a mais alta tecnologia. Não que não seja verdade, mas é uma visão um pouco simplista. A terceira maior economia do mundo tem muito mais a oferecer do que robôs, sushi e samurais. Tóquio é a super-megalópole mais limpa e organizada do planeta, com a mais alta concentração de excelentes restaurantes de alto nível do planeta – e não estamos falando só de sashimi, mas casas que oferecem pratos italianos e franceses que você não encontraria em Bolonha ou Paris. Ao seu redor estão passeios imperdíveis como a calma Kamakura, a histórica Nikko e a pouco-histórica Tokyo Disneyland. Tomando o trem-bala, opte por vistas espetaculares do Monte Fuji ou dos incríveis Alpes Japoneses, perfeitos para caminhadas idílicas ou ótimas pistas de esqui. A região de Kansai, onde se localizam as cidades de Kyoto, Osaka e Nara, é o lar cultural do Japão, com os mais notáveis templos, palácios e castelos do país. Por ali você ficará cara a cara com a cerimônia do chá, a meditação budista, as gueixas e o kaiseki – o banquete no estilo japonês. Rumo ao sul, compreenda a razão pela qual Hiroshima é um símbolo da paz e descubra o Japão tropical nas praias paradisíacas banhadas pelas águas azuis de Okinawa.



cultura japonesa

























A cultura do Japão evoluiu enormemente com o tempo, da cultura do país original Jomon para sua cultura híbrida contemporânea, que combina influências da Ásia, Europa e América do Norte. Depois de várias ondas de imigração do continente e Ilhas do Pacífico (veja História do Japão), os habitantes do Japão experimentaram um longo período de relativo isolamento do resto do mundo sob o Xogunato Tokugawa até a chegada dos Navios negros da Era Meiji. Como resultado, uma cultura distintivamente diferente do resto da Ásia desenvolveu-se, e resquícios disso ainda existem no Japão contemporâneo.
No último século, a cultura japonesa foi também influenciada pela Europa e pela América.
Apesar dessas influências, o Japão gerou um estilo único de artes (ikebana, origami, ukiyo-e), técnicas artesanais (bonecas, objetos lacados, cerâmica), espetáculo (dança, kabuki, noh, raku-go, Yosakoi, Bunraku), música (Sankyoku, Joruri e Taiko) e tradições (jogos, onsen, sento, cerimónia do chá), além de uma culinária única.
O Japão moderno é um dos maiores exportadores do mundo de cultura popular. Os desenhos animados (anime)s, histórias em quadrinhos (mangá), filmes, a cultura pop japonesa - literatura e música (J-pop) conquistaram popularidade em todo o mundo, e especialmente nos outros países asiáticos.

A Culinária Tradicional Japonesa



























A Culinária Tradicional Japonesa é basicamente caracterizada pelo arroz branco (gohan), e poucas refeições seriam completas sem ele. Qualquer outro prato servido durante uma refeição – peixe, carne, legumes, conservas – é considerado como um acompanhamento, conhecido como okazu.
É utilizado um tipo de talher diferente, denomidado hashi, conhecidos como “palitinhos”. Originário da China, consiste em dois pequenos bastões de madeira, bambu, plástico ou metal.
As refeições tradicionais recebem seu nome de acordo com o número de acompanhamentos que vêm junto do arroz e da sopa que são quase sempre servidos. A refeição japonesa mais simples, por exemplo, consiste de ichiju-issai (“uma sopa, um acompanhamento” ou “refeição de um prato”). Isto quer dizer que a refeição é composta de sopa, arroz e de algum acompanhamento–normalmente um legume em conserva.
O café da manhã japonês tradicional, por exemplo, normalmente é constituído de misso shiru (sopa de pasta de soja), arroz e algum legume em conserva. A refeição mais comum, entretanto, é conhecida por ichiju-sansai (“uma sopa, três acompanhamentos”), ou por sopa, arroz e três acompanhamentos, cada um empregando uma técnica de culinária diferente. Estes acompanhamentos normalmente são peixe cru (sashimi), um prato frito e um prato fermentado ou cozido no vapor – ainda que pratos fritos, empanados ou agri-doce podem substituir os pratos cozidos. O Ichiju-sansai normalmente se encerra com conservas como o umeboshi e chá verde.
Esta visão japonesa de uma refeição é refletida na organização dos livros de culinária japoneses. Os capítulos são sempre ordenados de acordo com os métodos culinários: alimentos fritos, alimentos cozidos e alimentos grelhados, por exemplo, e não de acordo com os ingredientes em particular (ex.: galinha ou carne) como são nos livros ocidentais. Também podem existir capítulos dedicados à sopas, sushi, arroz etc.